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Este é um blog para contemplarmos e trocarmos informações sobre o povo cigano!

OColetivo CIGA-NOS!


Um encontro entre pessoas. Teatro, Sombras e Circo: uma identificação com a cultura cigana... Um desejo de contar estórias e desvendar os preconceitos da história. Artistas/pesquisadores com os pés no limiar entre teoria e prática. Artistas que lutam por uma arte colaborativa no processo de criação. Uma troupe intercultural com swing brasileiro, uma maneira mambembe de teatralidade. O teatro performativo como meta, assim somos: CIGA-NOS!


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E viva o dia 24 DE MAIO!
Data escolhida para festejar o Povo Cigano no Brasil!

12 de julho de 2009

Um pouco da família cigana...

Wagon - carro que muitos ciganos adotam a partir de meados do séc. XIX
Do acervo da Universidades de Liverpool
http://sca.lib.liv.ac.uk/collections/gypsy/wagons.htm

A familia constitui a estrutura base de toda e qualquer sociedade. Assim, os ciganos têm em cada familia a esperança e a força de sua continuidade, bem como na união entre elas, formando sempre mais um braço forte, com o prosseguimento da tradição e a perpetuação do povo cigano. Por isso, preserva-se com garras fortes os matrimônios ciganos, que têm rituais próprios, não aprovando o relacionamento extramatrimonial ou mesmo o concubinato. Procuram agir com discrição em público, não se expõem marido e mulher de maneira contrária aos seus hábitos, acreditando que o valor a ser resguardado entre eles deve estar presente na privacidade de cada casal, preservando até mesmo qualquer tipo de comportamento que possa estimular algum comentário desairoso contra seu povo, produto da maledicência humana.
Na sociedade cigana, o homem é o braço forte e representa a liderança geral do clã; contudo, a mulher, embora tenha um espaço diminuido e de importância muito menos favorecida nesse aspecto, é tratada com todo o respeito, levando a ternura. A grande missão da maternidade é de trazer ao povo cigano, pela procriação, a prosperidade e a perpetuação da raça por meio da geração de novas crianças ciganas. É a grande Guardiã Cigana dos costumes, conselheira e responsável pela preservação e continuidade do povo cigano. Deve estar sempre diligente e tratar de suas obrigações caseiras com afinco, com o dever de obediência presente, aprendendo o manuseio das cartas, da leitura das mãos, da borra do café e, principalmente, dançar muito bem, sabendo e conhecendo a realização de toda a ritualística e cerimoniais ciganos, bem como os preceitos que precisam ser seguidos por seu povo, tornando-se uma expert em suas comidas típicas. Todos estes atributos, além de valorizá-la como mulher e colocá-la em situação de dever cumprido para sua comunidade, na medida em que melhor executá-los, traz um valor muito mais acentuado no momento de casar-se, elevando desse modo invariavelmente seu dote, que é pago pelo pai do noivo a seu pai no dia do casamento cigano. Esse dote hoje existe mais de forma simbólica, diante do rigor de antigamente, pago em galby (moeda de ouro).
Texto extraido do livro: CIGANOS ROM ----- UM POVO SEM FRONTEIRAS autor: NELSON PIRES FILHO

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