SEJAM BEM VINDOS!

Este é um blog para contemplarmos e trocarmos informações sobre o povo cigano!

OColetivo CIGA-NOS!


Um encontro entre pessoas. Teatro, Sombras e Circo: uma identificação com a cultura cigana... Um desejo de contar estórias e desvendar os preconceitos da história. Artistas/pesquisadores com os pés no limiar entre teoria e prática. Artistas que lutam por uma arte colaborativa no processo de criação. Uma troupe intercultural com swing brasileiro, uma maneira mambembe de teatralidade. O teatro performativo como meta, assim somos: CIGA-NOS!


Sintam-se a vontade para dialogar, discutir, enviar informações e artigos a respeito desta etnia que vive no mundo inteiro!

E viva o dia 24 DE MAIO!
Data escolhida para festejar o Povo Cigano no Brasil!

30 de abril de 2010

Claudia Vilarouca participou da festa cigana realizada pela SERTE em Florinaópolis, SC


Claudia Vilarouca participou da festa cigana realizada pela SERTE em Florinaópolis, SC e nos deixa seu depoimento do grandioso evento!

A SERTE (Sociedade Espírita de recuperação, trabalho e educação) de Florianópolis promove todo ano uma festa cigana beneficente com o objetivo, de arrecadar fundos para a entidade que se ocupa de idosos e crianças que necessitam de cuidados - que estiveram em situação de abandono ou sofreram algum tipo de violência -, e simplesmente para festejar.
A festa iniciou cerca das 19h30, com um jantar. Por volta das 22h30, houve várias apresentações de dança cigana e de flamenco, todas belíssimas, merecedoras de muitos aplausos.
Um pouco mais tarde, o salão foi ocupado pelo público também, que pode dançar rumbas gitanas e, por que não, músicas brasileiras costumeiramente tocadas em festa. O importante era bailar !Tive a honra de dançar para um público muito animado e que aprecia a cultura cigana. Também os ciganos sofreram e ainda sofrem muitos maus tratos ao longo de sua história. Eles, enquanto povo; os assistidos pela entidade, enquanto indíviduos, seja mulher, homem ou criança, inseridos em um contexto desfavorável, que lhes foi cruel.Eis uma das razões pela qual uma festa assim é importante. Ela intregra, dissemina a alegria e oferece o alento de que não se está totalmente sozinho(a). Nossa história, sendo ciganos ou não, se entrelaça, não existe ser humano no mundo que não possua uma vereda percorrida cheia de dor. Então, dancemos a vida, cantemo-na, façamos arte, que esta é o remédio da alma.

E aí está a nossa querida Cláudia dançando para um público lindo!

Abraços a todos e que este evento seja cada ano mais promissor!

29 de outubro de 2009

Ciganos acampados na Beira-Mar Norte se mudam para aterro da Via Expressa Sul


Grupo teria ocupado o novo local por indicação da Secretaria do Patrimônio da União.


O grupo de ciganos que estava acampado na Avenida Beira-Mar Norte, na Capital, ocupa outro lugar: a Via Expressa Sul, no bairro Saco dos Limões. O local foi sugerido em documento enviado ao Ministério Público Federal (MPF) pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

De acordo com moradores das proximidades, o grupo estaria ali, ao lado do terminal de ônibus desativado, desde o final da tarde de sexta-feira. O representante dos ciganos, Kalon Rogério, negou-se a falar sobre a situação.

Ele apenas mostrou um documento enviado pela superintendente do Patrimônio da União em Santa Catarina, Isolde Espíndola, para a Procuradora da República Analúcia Hartmann.

Em um trecho, é possível ler que a área, de domínio da União, era a única que poderia abrigar os ciganos enquanto não houver destinação do terreno, já que há vários pleitos em andamento para aquele lugar.

O terreno abriga duas tendas feitas com lonas. Nelas estão os pertences dos ciganos, como panelas e um carro. Em uma delas, pode-se ver a pilha de cobertores que vendem para garantir o sustento.

A polêmica envolvendo os ciganos começou no dia 20 de setembro, quando a Ponta do Coral, na Beira-Mar Norte foi ocupada pelo grupo de três famílias.

Sem endereço

Nômades, sem local definido para morar, eles estavam instalados no Rio Vermelho, Norte da Ilha, antes de se mudarem para o Centro. A proximidade com escolas e hospitais fez com que as famílias optassem em sair de onde estavam para acampar na Avenida.

Na época, o proprietário da área registrou um boletim de ocorrência e pediu reintegração de posse do local. A Coordenadoria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, um órgão da prefeitura, chegou a mandar um documento à associação de pescadores autorizando o fornecimento de água e luz para os ciganos no local. Mas a Secretaria de Urbanismo considerou a permissão ilegal.

Mariana Ortiga | mariana.ortiga@diario.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Publicado: ClicRBS - Diário Catarinense, em 10/10/2009.

27 de setembro de 2009

Com a palavra Calon Rogério!

"Muitas pessoas pensam que ser cigano é uma religião e cigano não é religião é uma nação dentro de outra nação."
Calon Rogério - Líder dos Ciganos que estão com suas barracas na Ponta do Coral, Beira-Mar de Florianópolis.

"Enquanto a humanidade não regatar sua enorme dívida para com nossos irmãos ciganos, nenhum de nós poderá falar em direitos humanos e cidadania. "
Papa João Paulo II - 1999

25 de setembro de 2009

Uma história de expulsões

Matéria "Diário Catarinense" dia 24/09/09

Cultura nômade tem origem na dificuldade de permanência nos terrenos escolhidos.
Líderes afirmam que maior problema enfrentado pelas comunidades é o preconceito

Sem data, hora e destino certos, para eles, o normal é ser nômade. As expulsões frequentes obrigaram a inserção desse costume à cultura. As crianças estudam em vários colégios durante a vida, e o preconceito, por vezes, tira a liberdade de declarar: eu sou cigano. Estes grupos, que viajam durante boa parte da vida, são cercados de mitos e polêmicas.

As famílias são as unidades básicas das comunidades ciganas. Vão juntas para os locais de acampamentos. Na Ponta do Coral, área central da Capital, onde ciganos se instalaram no domingo, são três famílias, somando nove pessoas, sendo seis adultos.

O tempo que um acampamento ficará montado em um local não segue regras, assim como o local. Conforme o líder do grupo, Kalon Rogério, geralmente são escolhidos terrenos públicos, sem construções e que não estejam sendo utilizados. Antes de montar acampamento, há uma consulta às cartas para avaliar se o local será bom.

As crianças vão às aulas. Elas são transferidas de escola a cada mudança. Os períodos mais longos de permanência são motivados justamente pela necessidade de os filhos estudarem. Em geral, conforme a cigana Rose Mari Carvalho, eles se mudam a cada três ou quatro meses, para que as crianças possam parar em uma escola.

O cuidado com a arrumação do acampamento, com a colocação de lonas para os colchões e o zelo com os filhos são responsabilidades das mulheres. É das mãos delas que saem as costuras, os bordados e os enfeites para os vestidos.

Ontem, quando começou a ventar, no fim da tarde, Célia Galvão, mulher de Rogério, ajudou a reforçar a estrutura para que as lonas não voassem. Filha de ciganos e nascida no Paraná, ela está acostumada com a rotina.

Há uma unanimidade entre os ciganos. O maior problema das comunidades é o preconceito. Célia comenta que são seguidas quando vão fazer compras no mercado. Rogério também afirma que a sociedade os acusa de serem ladrões.

– Tem cigano bom e cigano ruim, assim como tem não-cigano bom e não-cigano ruim – afirma ele.

LILIAN SIMIONI

Cultura cigana
- Sustento – A atividade principal dos ciganos é o comércio. Vendem utensílios domésticos, cobertores, colchas, edredons e toalhas de porta em porta ou na rua. Os ciganos preferem não se identificar como tais enquanto tentam vender. A justificativa, conforme Rogério, é evitar o preconceito. Segundo o cigano José Motta, a prática não é uma regra, mas uma opção recorrente nas comunidades
- Língua – São pelo menos sete idiomas ciganas no mundo, segundo Rogério. Rafael Galvão, de apenas sete anos, já se comunica em português e em kalon
- Leitura de mãos – As mulheres aprendem com mães e avós. Para as ciganas, tudo o que marca a vida da pessoa está escrito nas linhas da mão: as coisas que passaram e como será a vida em relação ao amor, ao dinheiro e à família. O aprendizado da leitura começa cedo. Só pode ler a mão a cigana que tiver o dom. No jogo de cartas elas ficam sabendo se têm o dom. As mulheres do acampamento da Ponta do Coral não vão para a rua procurar clientes, são eles que precisam procurá-las. O custo é de R$ 10
- Leitura de cartas – É uma atividade corriqueira, que os homens também podem exercer. É feita com baralho cigano, e não pode ser para todos os clientes. Somente os “merecedores” é que podem ter as cartas jogadas, segundo Rogério. A consulta das cartas custa R$ 25
- Religião e casamento – Cada família decide a religião que vai seguir. Casamentos, por exemplo, são feitos como os demais, em igrejas. A diferença fica na comemoração. Os padrinhos, tanto do noivo quanto da noiva, ajudam no pagamento das contas. Isto porque a festa não se resume a um dia. Começa, pelo menos, 15 dias antes da data oficial. O colorido dos vestidos e dos enfeites vão para a festa. As danças e o churrasco são indispensáveis nestas ocasiões

Próximo destino das três famílias pode ser Brasília

Matéria do Jornal “Diário Catarinense” – 24/09/09

Ainda sem serviços básicos como água e eletricidade disponíveis, as três famílias ciganas, acampadas na Beira-Mar Norte, na Capital desde domingo, aguardam a infraestrutura mínima para a sobrevivência.

Segundo o líder da comunidade Kalon Rogério, se até a próxima segunda-feira eles não conseguirem as ligações que pediram, irão a Brasília para reclamar o problema.

– Olha como é. Para resolver nosso problema, que é tão pequeno, teremos de ir até Brasília – protesta.

Rogério está ciente de que a empresa do Sul do Estado, dona do terreno, registrou um boletim de ocorrência pelo que considera “invasão” da propriedade. Mas, segundo ele, se houver pedido de reintegração de posse, os ciganos vão recorrer.

– Nossa intenção era ficar só 13 meses por aqui. Mas como compraram briga, a gente só vai sair se tiver para onde ir. Não podem jogar a gente na rua. Temos três crianças na nossa comunidade – completa.

Ação de reintegração de posse deve ser protocolada

Não é só a falta de estrutura que promete dificultar a vida dos ciganos no local. Conforme um dos advogados da empresa, que prefere não se identificar, uma ação de reintegração de posse deve ser protocolada ainda nesta semana para tentar fazer com que as famílias saiam.

Os casos, de acordo com ele, têm o julgamento rápido, e a reintegração sai em uma semana, em média.

Apesar de ter ciência de que os ciganos ficam temporariamente nos terrenos, o advogado da empresa afirmou que o interesse de seus clientes é manter a área “limpa”.

Enquete feita pelo ClickRBS:

Os ciganos têm direito de utilizar áreas particulares para acampar?

24/09/2009

23 de setembro de 2009

CIGANOS NA BEIRA-MAR DE FLORIANÓPOLIS/SC

Optchá!

Algumas notícias sobre a estadia de ciganos aqui em Florianópolis! Leiam e por favor fiquem a vontade para falar sobre o assunto

MATÉRIA SITE UFSC: Ciganos na Beira-Mar

Por Laryssa D'Alama e Nayara D'Alama

Um acampamento cigano montado na avenida Beira-mar Norte em Florianópolis tem chamado a atenção de quem passa no local. O grupo, formado por três famílias, chegou ontem (20/09) na Ponta do Coral e já foi confundido como sendo uma manifestação contra o governo. Os ciganos afirmam que este é um acampamento comum e que não estão no local para fazer reinvidicações, mas não deixam de lutar por igualdade e pelo fim do preconceito.

Os ciganos têm o costume de mudar o lugar de seus acampamentos de tempos em tempos. Antes de virem para a Beira-Mar o grupo estava no bairro do Rio Vermelho. "Já passamos por vários lugares, até para o Paraguai eu já fui", conta Rosemari Carvalho, integrante do grupo. A família, pertencente à etnia Kalon, tem três crianças: Rafael, Tainá e Tainan. Os dois últimos ainda não estão em fase escolar, mas Rafael, de oito anos, sim. "Estivemos um tempo em Blumenau, onde ele adorava a professora. Agora vou tentar matriculá-lo numa escola aqui perto", conta Rosemari.

O acampamento dispõe de equipamentos como fogão, geladeira, televisão e DVD, mas por enquanto não há eletricidade no lugar. O grupo está buscando água na casa de um pescador que mora na região e para se sustentar, eles vendem colchas, cobertores e ervas medicinais adquiridas em São Paulo.

Também está acampado no local Rogério da Silva, líder da comunidade cigana de Florianópolis. Rogério também faz parte da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para promover a Igualdade Racial de Florianópolis (COPPIR) e luta pelos direitos ciganos. "Só pelo fato de sermos ciganos há quem ache que estamos fazendo algo de errado. É necessário terminar com essa discriminação. Somos todos brasileiros, não?"

Os ciganos e os direitos

O artigo 5º da Constituição Federal de 1988 afirma: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza". O inciso XV diz que "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". Em 2004, o presidente Luís Inácio Lula da Silva aprovou 29 propostas que beneficiam o povo cigano durante a IX Conferência Nacional de Direitos Humanos, entre elas garantia de respeito, tratamento, direito e solidariedade iguais aos não ciganos, assegurar o respeito à cultura, garantir a inclusão do povo cigano em toda campanha de saúde e educação e às barracas ciganas o mesmo direito de inviolabilidade estabelecido às casas residenciais.

"O governo tem apoiado bastante nosso povo, mas ainda precisamos acabar com o preconceito, que é muito forte". Rogério diz que é permitido entrar no acampamento para falar com os ciganos, mas se algo que denigra a imagem do grupo for divulgado eles têm o direito de pedir indenização e até pedido de desculpas pública.

Em 2006 o presidente estabeleceu que 25 de maio é o Dia Nacional do Cigano.

MATÉRIA JORNAL A NOTÍCIA- 21/09/09 Proprietário de área ocupada por ciganos em Florianópolis pedirá reintegração de posse

Grupo está desde domingo na Ponta do Coral, na Avenida Beira-Mar Norte

O proprietário da área ocupada por ciganos na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, registrou um boletim de ocorrência e elabora o pedido de reintegração de posse do local. O grupo está desde domingo no terreno, que fica na Ponta do Coral.

A Coordenadoria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, da prefeitura, chegou a mandar um documento à associação de pescadores autorizando o fornecimento de água e luz para os ciganos. A secretaria de urbanismo afirmou à equipe da RBS TV que a autorização é ilegal.

Há a previsão de construção de um empreendimento internacional, com hotel e píer na área invadida, mas que ainda depende de licenças ambientais.

MATÉRIA A NOTÍCIA 23/09/09 Líder cigano afirma que grupo ficará acampado em Florianópolis até que seja obrigado a sair

Acampamento foi montado no domingo em terreno privado na Baía Norte

O líder do grupo cigano que está acampado na Ponta do Coral, próximo à avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, Kalon Rogério, afirmou que não deixará o local até que um documento oficial ou autoridade obrigue a saída.

Nove ciganos em três famílias ocuparam o terreno particular na Baía Norte no domingo. Antes, estavam em uma área no Parque Florestal do Rio Vermelho, no Norte da Ilha de Santa Catarina, onde ficaram por um mês.

Segundo Rogério, o grupo deixou o local porque ficava distante de serviços essenciais e de estabelecimentos para comprar comida. O acampamento no terreno da Baía Norte continua sem fornecimento de energia elétrica e água, mas as três crianças do grupo já estão matriculadas em uma escola municipal.

Rogério ainda espera que a prefeitura destine um local com infraestrutura adequada para que os grupos ciganos possam montar acampamento.

Ele entrou em contato com o subsecretário de direitos humanos da Presidência da República, Perly Cipriano, para tentar garantir a manutenção do acampamento. Os advogados dos proprietários do terreno já registraram um boletim de ocorrência sobre a ocupação do terreno.

15 de setembro de 2009

CONTOS CIGANOS

1. A cruz dos ciganos
Conto de amor e ódio entre duas raças que podiam e deviam ter uma coexistência pacífica. Mas a intolerância dos não–ciganos leva os nômades ao desespero e ao eterno ir e vir. Os ciganos consideram a terra como sua pátria por isso não reconhecem fronteiras, nem têm hinos ou bandeiras. São gente do mundo, amam a paz. Merecem nosso respeito. Ele lera coisas difíceis de acreditar contra os ciganos e decidiu investigar, pois duvidava como são Tomé. Assim, integrou-se a um grupo cigano e com ele viveu. Um grande amor aconteceu e grandes dramas se passaram. Correrias, tiroteios, chacinas... O povo-do-caminho sobreviveu? Enfim, houve justiça e como...
2. O último raio de luz
Dolorosa história de um menino cigano e sua amiga não-cigana. Todos somos irmãos e deveria prevalecer o mandamento do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
3. O visitante da estrela
Aqui se vê que os ciganos vêm das estrelas. É um conto para jovens onde se dá interessante diálogo entre Deus e um anjo que se recusa ir a Terra. Mas ele tem que obedecer a Deus, para manter o equilíbrio cósmico, então recebe a honra de nascer nômade.
4. Quando os ciganos eram amados
É um conto de muito lirismo, evocando um tempo fantasioso onde os ciganos e não-ciganos podiam conviver em harmonia e respeito. Entretanto, basta um pequeno incidente para que se levantem dúvidas sobre a honradez dos filhos do vento, apesar de favores que eles prestam à comunidade.
5. Dies irae
Relata um trágico incidente ocorrido no Estado de Goiás há cinqüenta anos atrás. Um fazendeiro acreditou que sua filha tinha sido morta ou raptada por ciganos. Daí, enlouquecido e sem considerar o mal que ia fazer pegou seu caminhão e se dirigiu ao acampamento dos ciganos. Passou por cima de tudo e matou velhos, mulheres crianças e animais. Depois se soube que houve um engano a filha não morrera. É uma trágica história onde sobreleva o preconceito milenar contra os caminhantes.
6. Fantasmas
Conto sobrenatural, onde a realidade não é o que parece. Um fazendeiro perseguia sempre ciganos e os matava impiedosamente. Porém, um dia ele teve que ajustar contas com seu passado e, como castigo, foi designado a ir e vir por tempo infindo, do local do crime à fazenda do irmão, sem compreender porque isto acontecia.
7. Parecença
Quando os ciganos chegam, mudam o ambiente. Trazem luz e alegria através das danças pelo malhar das forjas, os negócios, o circo. Não querem o mal de ninguém, mas o destino às vezes tem outros caminhos e coisas dolorosas acontecem, independentes da vontade e da atuação do povo da estrada.
8. Naema
Estranha história de um homem que casou com uma mulher que mais parecia o coisa-ruim. Com pode uma mulher descer tanto? Como pode ser tão fria e traíra? Seja como for este conto nos mostra que o bem, cedo ou tarde triunfa sobre o mal.
9. Por amor a Mikaela
Comovente estória de um amor impossível entre uma cigana e um não-cigano. Mas se amavam tanto que superaram as barreiras da vida e, no além, continuaram a se amar e foram felizes além da vida. 10. Beijo E Beijo não se rendeu... De como os poderosos, nos velhos tempos, tinham direito de vida e morte sobre os outros seres humanos. Estória de amor e vingança de um homem contra o assassino de sua mulher. Nos tempos dos tropeiros, só os nômades conseguiam rivalizar com eles em caminhos tão inacessíveis.
11. Além das águas do Estige
É possível um grande amor superar a própria morte? Quem sabe... Será que ela o amava ou ele se enganou redondamente... “Amor... Engano que na campa finda!”
12. Zero
Ah! Como ele era infeliz... Nada dava certo para ele. Desde a infância fora um ser muito solitário. Na juventude nada melhorou. Ele era um perdedor: infeliz no jogo e no amor. Por que viver assim? Era um zero à esquerda da vida. Decidiu por termo à vida Então foi à beira-mar e sentou-se na escadaria esperando a maré cheia que deveria engolfá-lo. Aconteceu algo muito singular. O que foi?
13. Epopéia cigana
Beijo era um forte mas acima de tudo um grande conquistador. Sua estória contada em prosa, foi adaptada em versos pelo poeta Geraldinho. A dramática aventura do cigano Beijo que a tantos encantou na cidade de Vassouras tornou-se lenda E que lenda!

Texto retirado do site: Ciganos do Brasil